Absorvi as luzes que as vozes emitiam,
Engoli as frases.
E remoendo os medos,
calei os meus propósitos.
A atitude real é claramente tortuosa.
Não me separo dessa loucura que existia em mim.
Logo que os pensamentos se tornaram lâminas,
uma parte essencial se tornou tão mentirosa que
passei a acreditar em cada figura expressiva, em cada
momento de dor impermeável.
Para retirar esse medo,
para suprir uma necessidade, para tentar restaurar essa pintura antiga que eu mesma havia pintado em mim, e que depois de tão pouco tempo se desfez, talvez eu tenha pagado muito pouco.
Talvez tenha comprado os piores painéis.
E por essas curtas pernas não alcancei mais nada.
Tropecei em cada galho, em toda pedra.
E depois de todas as descobertas,
vieram outras.
6 comentários:
tento descobrir o pensamento através das frases, mas o que vejo é uma parte de cada vez.
quando Cabral chegou aqui, os espanhóis, já havim vindo. e antes deles, outros.
nada é como realmente vemos, não é mesmo?
sua poesia é liga!
Quantas pinturas fazemos na vida e quantas vezes não percebemos que nada é o que parece ser?
Ah meu Deus, se eu tivesse uma bola de cristal eu seria tão infeliz!!!
sempre haverão outras descobertas :)
Nossa, você escreve coisas tão profundas que dá até gosto de ler, serio! haha
Baci!
Você escreve tão bem!
é bom voltar ao teu blog, gosto daqui.
Teu modo intenso de se mostrar, de traduzir o intraduzivel de ti.
Belo post
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