segunda-feira, 13 de outubro de 2008

...

Todos se mantêm escandalizados
Fazem isso habitualmente
e não se importam de fazer o mesmo,
todos os dias,
E nunca olharem para dentro

...

Em segundos não há mais nada
São os contrapontos da desistência

...
Ás vezes é tudo muito auto suficiente
Ás vezes me sinto insignificante.
São essas nuvens negras
nesses dias claros
É toda essa chuva que não cai
mas q faz de sua iminência previsível,
Quando tudo parecia ter se restaurado
Chegam esses dias outonais desagregando
as poucas parcelas que haviam se estruturado.
E há esse silêncio q me desaconchega, me enlouquece.
Toda essa falta de interesse,
Toda essa falta de viver,
Falta que despreza as margens do respirar
E ignora os poucos rios que ainda não secaram
Dentro de mim havia um milhão deles
Mas todos se foram
Todos me deixaram
Não há mais conciliação
São os rios
São as pedras
São as pontes
As margens e os dilúvios
São as poucas chuvas que me molharam
São as cegas faces desacreditadas
que vejo á todo o momento
Com as quais sonho todas as noites
Que vivem
Convivem
Completam-se e se misturam
nesse vendaval de mundos
Esse massacre de idéias