sábado, 28 de fevereiro de 2009

RIOS E VEREDAS

A cabeça ainda no mesmo lugar.
Insensato dizer que não esperava.
Passaram-se dias, talvez anos, e eu aqui,
a esperar uma memória lúcida, um aceno, um gotejo,
uma nuvem de ideias.
Não surgiram, e tampouco esperarei,
Os meus sussurros enganaram o dia, mas não enganam
mais ninguém.
Sou eu... Aquela mesma, que se acha perdida na mesma esquina,
Naquele mesmo bar,
Chorando estrelas perdidas, pechinchando
mais uma bebida, tentando não pagar.
Chega a hora que tudo já foi tão longe e se afundou pelo cérebro adentro,
e não achou a saída para a essência pulsativa.
É indelével na carne do peito...
Pra que você insiste em brigar?
Jorraram os temporais pelos amâgos, pelas têmporas.
Veio com tudo, choveu por vários dias,
Transbordou para longe de si mesmo.

2 comentários:

Marcela disse...

Nossa, sentimentos pesados demais, angústias demais! Não tem chances de uma melhora? hehe
Mas sentimentos fortes trazem palavras fortes..
Baci.

Isabella Mariano disse...

pesado, mesmo.