domingo, 8 de fevereiro de 2009

FALSA DESFAÇATEZ







Por não desabituar
Da noite escrevo o fado,
Destinando essa descrição
ao enclausuramento,
e ao medo de mostrar as faces.
Queremos as trevas para não
nos acostumarmos ao detalhamento da luz.
Retraindo os desconsolos e desfalecimentos
que tanto nos apavoravam.
Buscando uma amplitude dos fatos,
Simples e amiúde.
Selados pela lápide do destino,
Chorando ou sorrindo,
Ninguém mais vê.
A atenção está voltada para o brilho...
E eu quero apenas me esconder...

2 comentários:

Marcela disse...

Arrumou uma leitora assídua de seus poemas! Adorei..
baaci

Vinicius disse...

Nayara me tocou de uma forma distinta essas suas linhas! Obrigado por isso! Não temo a noite e seu escuro manto; gosto da noite pelo silêncio que me abriga.

Abraço,

R.Vinicius