Por não desabituar
Da noite escrevo o fado,
Destinando essa descrição
ao enclausuramento,
e ao medo de mostrar as faces.
Queremos as trevas para não
nos acostumarmos ao detalhamento da luz.
Retraindo os desconsolos e desfalecimentos
que tanto nos apavoravam.
Buscando uma amplitude dos fatos,
Simples e amiúde.
Selados pela lápide do destino,
Chorando ou sorrindo,
Ninguém mais vê.
A atenção está voltada para o brilho...
E eu quero apenas me esconder...
2 comentários:
Arrumou uma leitora assídua de seus poemas! Adorei..
baaci
Nayara me tocou de uma forma distinta essas suas linhas! Obrigado por isso! Não temo a noite e seu escuro manto; gosto da noite pelo silêncio que me abriga.
Abraço,
R.Vinicius
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