segunda-feira, 20 de abril de 2009

Cárcere

Condenou-se às margens,
Vestiu sua capa,
Vedou-se os olhos...
Fez de tudo para mudar o mundo com o menor esforço...
Com uma palavra, ao fechar das portas, ouviu-se apenas choros...
Pelo menor gesto,
mudou tudo,
destruiu o mundo,
e não achou abrigo para si mesmo,
todos morreram...
Não restou dúvida,
as almas se perderam,
trancafiaram-se por medo,
engoliram as chaves...
Não aguentaram o peso da cruz...
Ensanguentados, se jogaram ao vento...
Apagaram-se as luzes,
O frio tomou conta de cada pedaço,
Desvaneceram, e não há volta...
É o fundo do poço

7 comentários:

Unknown disse...

nossa vc é caotica mesmo
adorei o poema
bjus

Darshany L. disse...

se você continuasse iria dar uma história e tanto!

sério, adorei.

Gabriela Domiciano disse...

Eu tenho medo de, ás vezes, chegar ao fundo do poço, mas escrever me salva!!!

=D

Pedro Thiago disse...

Seus textos são otimos, nos fazem viajar!
Abraço

Fernanda Siqueira disse...

A força das palavras é algo que atrai, que atinge, que provoca, é algo que poucos conhecem e tem o deleite de ter, é algo doce, frágil, e sensivelmente perigosa... podendo tornar-se incrivelmente amargas e duras. Você as tem, as palavras, e a força das mesmas, e sabe usá-las.

°Broken° disse...

"... E não o é ainda o 'fim'."
Lindíssimo poema

Unknown disse...

As palavras carregam em si a vida e a morte, não apenas física, mas da alma! São sedutoras e devoradoras, e adoro a forma como elas conseguem sair de você! Parabéns pelo texto...