quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Puerícia

Fala-se o que não se quer ouvir
O vento fecha a porta
Ouvem-se murmúrios
e as batidas lá fora.
As crianças dormem.
A ciranda cantada mais cedo ecoa pelas paredes.
As flores murchas e os pequenos laços esparramados pelo chão refletem a beleza que se desfez.
Pobres, cegos,
Velhos olhos de vidro
Incapazes de sentir a riqueza desse momento.
Insensatez que jaz aos olhos do horizonte,
Atrás daquela porta,
Apenas a areia afogando os prantos.

5 comentários:

João A. Quadrado disse...

[o que há dentro de nós, o acumular de todo o pó de estrelas, só se revela na palavra, no pensa que é palavra, e só existe universo porque ele em nós acontece]

um imenso abraço, Nayara
deste lado do ribeiro atlântico

Leonardo B.

Unknown disse...

Belissimo ! Adorei. *-*

'Incapazes de sentir a riqueza desse momento.
Insensatez que jaz aos olhos do horizonte...'

Beijos.

Darshany L. disse...

lindo lindo :)

Jaime Piedade Valente disse...

O melhor é não afogar o pranto com nada: nem areia, nem álcool, nem droga, nem... Bem, talvez com sexo resulte! Mas ideia é que as lágrimas podem ensinar muito e ser até libertadoras.

LLEAL disse...

Encantando com suas poesias coloquei-me como seguidor

Gostaria de deixar o convite para visitar-nos e colocar-se entre nosso grupo de amigos

www.llealenglishcourse.blogspot.com

Parabéns pelo Blog

LLEAL