Entre nuvens,
as minhas quatro paredes,
meu quarto claro...
Gritando ao vento.
Um grito
para que finjam não ouvir,
Um grito
para me libertar de mim.
Fazendo-me cansar de ser,
de fazer tudo assim,
de não acreditar em nada,
e levar tudo de qualquer maneira,
esquentando muito, para logo esfriar.
Para não cansar,
para dormir tranquilo,
Para me esvaziar.
3 comentários:
Vou me valer das palavras de um outro poeta: "escrevo para não gritar"... e vc, escreve e grita! Sim, já que tens coragem...
Bjs
adorei o poema, não sei fazer esses comentarios buniiiiiitos
mas sei q eu gosto da tua poesia
bjus
Gritar com palavras e silêncio, dançar só - entre passado, e presente, e permitir-se cair, doer, e amar. Gritar por movimentos confusos misturados ao vazio das paredes, às vozes do confiar, do medo e da vontade. Negar-se palavras, negar-se a si, negar-se em troca de um triz de calma e murmúrios - compreensivos, e distraídos, sem nexo, sem pressa, apenas para se permitir ouvir, amar, e palavras, e abraço, e devaneios, e algo mais. ^^
Postar um comentário