terça-feira, 23 de setembro de 2008

Bêbada

...

Agonia terrena
Perturbante sem destino
Abrigo-me em tua sombra
A porta que se fecha
O véu da noite negra e doce
Seca sob a luz
Fria e ainda sóbria
Perco-me entre as linhas sombrias
Vago ao intrasitável
Simplória tolice extasiada
Manchada com meu sangue
A cadeia de minhas veias se esvai por completo
Desfalece parte de mim
E se sou, quem serei eu?
Dama da noite
Esquecida
Adormecendo em meio as chamas
Apagando lentamente
Pulsa ainda viva
Sinto o temor e ainda a complexidade vital que
inunda o contínuo sopro de vida que ronda meu corpo
Grito perpétuo
E a boca ainda seca
Inefável instabilidade
Bebo meu ilixir
Deturpo meu falar
Não falo
Esqueço

...

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