Ás vezes meu mundo cai, e como hoje, eu pude ver a face de minha dependência e fraqueza, não que eu não soubesse disso antes, talvez apenas não demonstrasse tanto...
E foi passando por aquela esquina de todos os dias, e observando aquelas mesmas pessoas sentadas em suas calçadas, cochichando coisas sem importância, que pude ver que a vida passa diante de nossos olhos, como um segundo que se consome e desaparece, de forma irrecuperável! Toda essa loucura que emana de nossos corpos.
Hoje, não mais compreendo as verdades que vivi, e nem a hipocrisia que me incluia. Estou mais frágil à todos os estímulos e isso acentua minha falta de lucidez, tudo que era tão claro, se escureceu de repente. Difícil compreender, mas hoje eu sinto mais forte o gosto da vida e continuo sussurrando por liberdade, nada agressivo de mais, quero ser breve e quero sentir isso, muito mais que sinto.
É tudo tão pouco e tão banal!
Hipócritas é o que somos!
Preciso e quero alcançar o ápice do que é viver, quero o sentido de tudo que se fez habitar em mim.
Foram aquelas vontades que me despertaram para isso. E como chamar essa dependência inconclusiva de vida? Isso, como havia dito é parte sincera de mim que não quer saber de falsas insinuações, a verdade que se esconde por trás de tantos olhares, os desejos passageiros, ou talvez nem tanto assim.
Será que suportaria aguardar esse momento? E descobrir a velocidade de sua passagem? Quanto tempo? Você me diz?
Foi tudo muito claro, fechei os olhos, tudo se fez em minha cabeça...
Loucura apenas...
Impassível de cura, desordem condenada de pensamentos que atingem meu corpo e completam cada arrepio! É ali que vive o que sinto!
Eu sei da mentira que vivo, não reconheço meus pesares, porém continuo parada, esperando...